Constantemente existem dúvidas, tanto de veterinários quanto dos proprietários, em relação ao preparo dos pacientes para a realização de exames. Através desse texto vou explicar a importância do preparo e adequação do mesmo dependendo da suspeita do veterinário.
Para isso, inicio explicando como o aparelho de ultrassom “transforma” sons (ecos) em imagem. O transdutor (aparelho que toca a pele durante o exame) tem cristais em seu interior que vibram e emitem ecos. O eco é dissipado pelo abdômen e dependendo da densidade dos órgãos ou estruturas presentes na região avaliada, retorna ao aparelho com intensidade diferente.
O gás dificulta a realização do ultrassom por refletir o eco e o líquido permite a passagem total do eco. Por isso, é necessário aplicação de gel (a base de água) entre o transdutor e o animal, assim como o uso de medicação antigases para a avaliação do trato gastrointestinal.
O jejum alimentar é necessário para avaliação da vesícula biliar e permitir a adequada avaliação do estômago, além de diminuir a quantidade de gás no intestino. A bexiga cheia é essencial para a correta avaliação de suas paredes e do seu conteúdo, além de possibilitar a coleta de urina.
Este preparo possibilita a avaliação dos demais órgãos e estruturas abdominais.
Dependendo ainda da agitação do paciente, é necessário o uso de sedativos. Para o uso dessas medicações o paciente precisa estar em jejum.
O ultrassom é um exame que pode ser simples, associado ao Doppler ou ainda auxiliar nas coletas e punções guiadas. Por isso, quando o seu animal precisar desse exame de imagem, procure se orientar e realizar o preparo adequado.
Dra. Patricia Sampaio.
MV. Ultrassonografista.
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